A viségima nona exposição de Ikebana é um dos destaques do Japan Fest. A abertura oficial foi na noite desta sexta, reunindo dezenas de autoridades (entre elas o deputado estadual deputado Jooji Hato) e lideranças marilienses. Desde então, está sendo visitada por centenas de pessoas que apreciam este arranjo floral japonês cria uma harmonia de construção linear, ritmo e cor. A estrutura de um arranjo floral japonês está baseada em três pontos principais que simbolizam o céu, a terra e a humanidade, embora outras estruturas sejam adaptadas em função do estilo e da escola.
A mostra prossegue neste domingo, com abertura ao público às 11h00. “As flores dispostas de maneira bela confortam as pessoas em sua vida diária. Se você for capaz de sentir a beleza das flores, será capaz de dispô-las não importando sexo, idade ou nacionalidade”. A frase do grão-mestre – 45ª geração, Sen Ei Ikenobo é destacada pela professora Maísa Aiako Komatsu que mantém viva esta arte milenar, em Marília, junto à outra professora Rosa Tamae Hatsumura.
Ela concedeu entrevista ao Jornal Diário de Marília destacando a importância da exposição. Na 11ª Japan Fest, acompanhadas de alunas, elas mostrarão um pouco desta beleza com a 29ª Exposição de Ikebana Ikenobo.
A Ikebana originou-se no Templo Rokkakudo em Kyoto, Japão, com o monge Ono-no-Imoko que recebeu o nome de Sen’mu Ikenobo que oferecendo flores no altar orava pela paz, união e prosperidade. A arte foi passada de geração a geração e a Escola Ikenobo está espalhada no mundo todo.
Após o aparecimento do formato Tatehana no século XVI, mudanças nos costumes e estilo de vida resultaram em três principais formatos do Ikenobo atual: Rikka, Shoka e Jiyuka. Pode ser apreciada em qualquer ambiente da vida contemporânea e confeccionado com flores da própria região levando em conta as estações do ano.
Segundo os praticantes você pode aprender a técnica e teoria em livro, mas o verdadeiro significado da ikebana vem do estudo com um professor e da vivência que ele adquiriu com seu mestre. Assim você se torna parte da tradição do Caminho “Do”. O estudo do Ikenobo passado, de geração a geração, só é conhecido sob orientação de um mestre.
6/4/2013
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